Fundação Faesa

Igualdade no Acesso à Saúde: Superando Barreiras para Imigrantes e Refugiados

Os imigrantes e refugiados enfrentam desafios significativos para acessar os serviços de saúde, gerando preocupantes desigualdades. Diferenças culturais, situações socioeconômicas desfavoráveis, barreiras linguísticas, falta de documentação e histórico médico, isolamento social, falta de informações sobre serviços de saúde, além de racismo e xenofobia, são algumas das barreiras enfrentadas por esses indivíduos. Além disso, restrições frequentes no sistema público de saúde dificultam ainda mais o acesso aos cuidados.

Apesar das leis brasileiras estarem alinhadas com recomendações internacionais para garantir o acesso à saúde para imigrantes e refugiados, ainda não existem políticas públicas específicas para esse grupo, exceto por uma lei municipal em São Paulo. Embora o Brasil tenha um sistema público de saúde gratuito e universal, imigrantes e refugiados enfrentam obstáculos, como a barreira da língua, questões culturais, horários desafiadores e atrasos no atendimento.

Esses grupos relatam dificuldades em buscar atendimento de emergência, obter medicamentos e receber informações sobre os serviços disponíveis. As equipes de saúde também enfrentam obstáculos ao atender esses indivíduos, como a diversidade de idiomas e a dificuldade em localizar pacientes devido a mudanças frequentes de endereço ou medo de compartilhar informações, especialmente entre os refugiados.

Essa realidade destaca a necessidade de uma abordagem mais inclusiva e sensível às necessidades de imigrantes e refugiados no sistema de saúde. É fundamental implementar políticas públicas específicas para promover a equidade e superar as barreiras existentes. Além disso, é essencial capacitar as equipes de saúde para oferecer atendimento eficaz e empático, superando desafios de comunicação e localização.

O acesso à saúde é um direito humano fundamental, independente da origem ou status migratório. Investir na saúde e bem-estar de imigrantes e refugiados é benéfico para toda a sociedade, promovendo uma comunidade mais justa, solidária e saudável para todos. Portanto, é crucial tomar medidas concretas para eliminar as barreiras existentes e garantir a inclusão plena e igualitária de imigrantes e refugiados no sistema de saúde.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SILVA, D. R. et al.. Migration and medical screening for tuberculosis. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 49, n. 2, p.1-5, 2023.